quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

No palco do milagre no sub-20, São Paulo pode salvar o ano

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São Paulo e o estádio Romildo Gomes Ferreira, de propriedade do Mogi Mirim Esporte Clube, tem algo em comum. Desde 2005, quando ainda se chamava Papa João Paulo II, ano em que conquistou o titulo paulista, por curiosidade, em cima do mesmo adversário deste domingo, o Santos, o time do Morumbi coleciona boas lembranças do local.

Por Fernando Surur
Foto: Rubens Chiri

Foi no mesmo palco que o São Paulo bateu o Ituano em 2006, sobre uma fortíssima chuva e por pouco não levantou seu Bicampeonato paulista consecutivo, não fosse o Santos, que venceu a Portuguesa na última rodada jogando na Vila Belmiro. Na primeira rodada do estadual deste ano, outra vitória sobre o Mogi Mirim, por 2 x 0, com gols de Rogério e Marcelinho Paraíba.

Porém, o feito mais recente ficou a cargo da equipe sub-20, que pelo Campeonato Paulista da categoria, fez um jogo épico contra o Mogi Mirim no último sábado, dia 26 e após estar perdendo por 3 x 0, conseguiu uma reação extraordinária, com três gols em pouco mais de cinco minutos, para levantar o caneco, que não vinha há vários anos.

É neste jogo que a equipe profissional deve se basear e assim como os mais jovens, acreditar até o último instante em uma quase improvável classificação para a Taça Libertadores da América em 2012.

Assim como 2006, na noite do último sábado, uma chuva torrencial não deu trégua aos jogadores e torcida desde o final da primeira etapa. Naquela altura o Sapinho, como é conhecido o time sub-20 do Mogi, já vencia por 2 x 0, resultado que tirava o titulo do São Paulo.

Desde a volta do intervalo até o final do segundo tempo, a chuva apertou, de tão forte até doía e o bom público presente no ‘Romildão’ tentava encontrar algum espaço vazio debaixo das arquibancadas para se proteger contra o aguaceiro. Alguns, mais fanáticos, não se importavam com a água enviada por São Pedro e continuavam firmes e molhados na arquibancada visitante. Na torcida do Mogi, apenas os torcedores presentes nas cadeiras cativas, diga-se de passagem, todas cobertas, incentivavam os donos da casa. No terceiro gol marcado pelo Sapinho, a certeza não só nos jogadores, mas também na torcida são-paulina, era a de que o titulo havia escapado por entre os dedos.

Foi quando como em um passe de mágica e apoiado por Santo Paulo (se é que ele existe), o tricolorzinho protagonizou uma reação inimaginável naquela altura e aos 41, 43 e 46 minutos, com dois gols de Alfredo e um de Ademílson, empatou a partida e tomou do Mogi Mirim uma conquista praticamente certa.

Com este mesmo espírito os profissionais precisam se agarrar nas mínimas chances de classificação. No mesmo estádio, no mesmo gramado e com os mesmos torcedores (só que em maior número) presentes na arquibancada de concreto, que o São Paulo pode bater o Santos, torcer por um tropeço de Internacional, Figueirense e Coritiba e fazer com que o raio caia duas vezes no mesmo local. No futebol nada é impossível.

Os pais, crianças, adolescentes e até idosos presentes no estádio Romildo Ferreira em 26 de novembro, debaixo de chuva e que não titubearam em chorar, gritar, se emocionar e até invadir o campo, ainda acreditam no elenco e torcem pelo milagre no palco que já se chamou Papa João Paulo II.

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